About Fatima de Kwant

Fatima Kwant is an autism advocate, author of autism related articles, and creator of the International Autimates Project - Overcoming Prejudice with Information. She is a Brazilian journalist leaving in the Netherlands with her family. Her youngest son, 18 years old has autism and formerly diagnosed as severe autistic. Recently this diagnose has been withdrawn. Fatima is also an expert in many aspects of the Autism Spectrum, especially Autism & Development.

41 Comments

  1. Alice lucas da cunha

    Muito obrigada pelos esclarecimentos meu filho tem 5 anos e muitas vezes não era compreendido, foi diagnosticado como autista agora na idade escolar muitas coisas não batiam no comportamento dele com o diagnostico e aprendendo mais sobre o assunto vi q ele pode ser autista leve AAF e isso me ajuda a entender e ajuda- lo com seus conflitos.Deus te abençoe!

  2. Rosimeire Vicente Fagundes

    Olá Fátima tudo bem ?bom tenho uma filha que se chama Laura, pois bem, quando tive a Laura eu tinha 35 anos então pensei será que vou dar conta de um bebê já tinha tido duas filhas sendo que uma adotiva , elas deram muito trabalho quando bebê, então pensei vai começar tudo de novo não dormir de madruga ,enfim todo aquele trabalho, mas foi ao contrário ela não deu um pingo de trabalho estranhei, mas pensei ela é boazinha rsrsrsr, mas também estranhei que ela não aprendia à fazer Tchau ,então ela aprendeu um pouco tarde, comuns 5 meses ,mas logo desinteressou não fazia Tchau era um bebê que não tinha enterese em quase nada olhada mas era mesma coisa que nada, então com uns 7 meses começou a balbuciar mãe mas também logo parou. até ai estranhei mas passou,então com 1 ano e meio mas ou menos eu vi todo o trabalho que ela não me deu sendo dado daquele daquela hora em diante, ela passou a ser muito nervosa dormia sempre 00:00 e pouco e acordava depois de 1:30 por ai e então minha amiga chorava sem motivo aparente não sabia o que ela queria de tanto ela chorar falei pro meu marido vamos dar uma volta de carro com ela e foi o que acalmou ela põe um tempo. Mas mesmo assim não tinha idéia do que estava acontecendo e foi assim por uns 2 ano , e ela não falava nada, então comecei à prestar atenção no modo dela brincar, não brincava com outras crianças não brincava de maneira normal com bonecas e brinquedos, tinha mais entersse em brinquedos pequenos para colocar emparelhados, isto quando não passava horas olhando as formiguinhas entrarem e saírem do buraquinho, pegou uma mania de rasgar papel , e assim foram várias manias estranhas, quando ficava de frente com um vendedor ligado não saia da frente olhando eu tinha que desligar. Bom com uns três anos comecei a ouvir sobre autismo e vi que muitas coisas se encaixavam, e levei ela em neuros, em fonos dei calmante (neoleptil )e ancioliticos mas como ela tem seletividade de alimentos tinha imunidade frágil os remédios fizeram muito mal chegando parar no hospital. Então parei com remédios e tentei controla-la sem remédio não foi nada fácil mas consegui. ,até então ela estava com cinco anos não formava frases fiquei muito preocupada em colocar na escolinha, mas pra minha surpresa ela se deu muito bem, e foi ai que ela se desenvouvel a fala não demorou pra ser alfabetizada, claro com muita dificuldade , e nos serpreendeu muito até as professoras e diretoras ela tem muita dificuldade muita mesmo mas aprende, bem gostaria de contar tudo com detalhes mas ela já está com 1 1 anos e é estranho porque ao mesmo tempo que ela parece normal nota-se que não gosta de comprimento não gosta de Abraços, só abraça e beija e da carinho pra mim que sou mãe nem o pai nem irmã ela ela tem esse cuidados ela não entendé irônias metáforas , lógicas tem dificuldades de fazer textos que fazem sentidoa ,então são estas coisas que acontecem com ela ,foi diagnósticada com autismo leve, já cheguei até pensar será que ela tem autismo mesmo, mas pelo que andei lendo juntamente com seus ensinamentos ela tem sim ,me fala o que vc acha por favor. Me desculpe escrever praticamente um livro mas quando li seu poste tive a necessidade rsrsrsr. Ainda ficou muita coisa que eu gostaria de ter escrito mas são muitos anos rsrsrsr. Também o que escrevi serve pra outras mães com dificuldades de entender esse universo tão diferente vc não acha?


    1. Olá Rosimeire,

      Obrigada pela sua mensagem e perdoe a demora em responder.
      Sua filha parece, sim, estar no TEA. O que você descreve se encaixa no autismo. Você tem razões suficientes para obter um laudo. Nnao entendi se o médico a diagnosticou ou só levantou uma hipótese. Sempre é bom ter um diagnóstico para poder conseguir mais apoio.
      Grande abraço,
      Fatima

  3. Aurora de Sousa Freitas

    Sou mãe de um menino que lhe foi diagnosticado síndroma do autismo aos 11 anos. O meu filho tinha 2 meses começou a fazer convulsões até fazer 1 ano de idade a partir daí nunca mais teve convulsões mas eu sinto que isso o atrasou no desenvolvimento de aprendizagem. Na escola teve terapia da fala e terapia motora pois ele começou a andar aos18 meses e a falar aos 3 anos. Nas consultas do hospital nunca me disseram que ele poderia ser autista então eu resolvi levar ele a um Neuropediatra para alguém me dizer o que o meu filho tinha foi então diagnosticado autismo. O meu filho é inteligente mas tem dificuldade na matemática e português. Gosto de história e ciências mas não consegue acompanhar os colegas e ele fica frustrado porque ele tem noção que é difícil para ele. Ele gosta muito de conversar e tem necessidade de interagir com pessoas. Não gosta de barulho fica incomodado com crianças a chorar, não gosta que lhe chamem atenção e quando ele faz asneira eu o sento a minha frente e ele olha nos meus olhos então eu converso com ele e digo o que é errado, ele me ouve. Às vezes fico confusa porque realmente não sei se ele é autista ou asperger. O meu filho tem 13 anos e estou preocupada como vai ser na adolescência dele e se ele um dia será autónomo, eu estou a fazer tudo o que posso para o ajudar no futuro. Em Portugal não há muita informação sobre o autismo.


  4. Oi Fatima, sou Alvaro, 53 anos, servidor público e velejador. Meu relato e pergunta é sobre meu afilhado, André, que tem 18 anos. Desde os 3 anos apresenta sintomas, especialmente na interação com pessoas e na realização de tarefas de escola e, especialmente, falta de empatia. Recebeu tratamentos de pedagogia e fono desde cedo. Ele é um jovem completamente funcional, indo para o segundo ano de ciências sociais na universidade federal do RS. Passou em vestibular com alta nota de redação. O André não socializa com adultos, sob hipótese alguma. Desde os 10 anos só se relaciona com um grupo de 6 amigos, da escola. Interage de maneira passiva com a mãe, com quem mora, junto com a irmã de 15 anos. Com esta, conversa muito pouco, mas é a única pessoa com quem brinca:mexe no cabelo dela, rouba comida do prato, cutuca, sempre sendo agradável.

    Com adultos só interage de verdade com sua avó materna e com o pai que vê 3x no ano pois ele mora longe. Com o restante das pessoas só fala quando “obrigado” ou pelas convenções sociais básicas, seja para dar oi ou perguntar onde fica o banheiro. Ele tem avô materno, outra avó, tios e primos. Não fala com eles. Tão pouco comigo, um padrinho interessado.

    Durante a escola foi empurrado, apresentando alto grau de inteligência, mas nunca teve caderno, nunca fez lições de casa. Até o fim do colégio foi MUITO valorizado por este grupo de amigos, sempre sendo a primeira opção dos pais dos amigos para acompanhar seus filhos, pois nas palavras deles, André não faz mãnha, estava sempre alegre, não era competitivo, zero de agressividade. Com os amigos pode ficar em silêncio, mas o normal é ser falante, sobre assuntos “consistentes” , como uma matéria escolar, a escalação de um time, ou personalidades da segunda guerra, tipos de marés. Nunca assisti nenhuma manifestação de sentimentos dele, seja um gesto, um, algum comentário ou atitude, exceto quando chega a hora de viajar para encontrar o pai. Neste caso sempre diz quando quer ir, e organiza sua viagem.

    Os amigos estão amadurecendo, alguns namorando e ficam mais raras as convivências agora, concentradas em ida à pizzaria, rodadas de games e algumas viagens. Ele vai ao Rio em janeiro para o festival Lola apooloza com este grupo de amigos pois tem interesse específico em uma banda. Os amigos começam a se queixar do silêncio e ele recusa convites para festas totalmente sociais, com amigas e som.

    O André me parece feliz e tranquilo em seu jeito e nas convivências. Teve notas excelentes na faculdade e faz os trabalhos com capricho. Cumpre as tarefas e fez contato com um colega que o abastece de notícias e fatos relevantes, como datas de prova e alterações nas aulas, pois ele tem dificuldade com isso.

    Estou sempre com ele. Levei muito ao colégio, busquei muito em fim de semana, para os compromissos sociais. Mas nunca conversamos. Já tentei varias abordagens desde small talk até assuntos específicos. Ele é totalmente educado e gentil, mas deixa claro não querer prosseguir. Mas fica totalmente à vontade comigo, só calado. Prefere que eu o busque e leve quando necessário, pois disse para a avó que eu sou rápido.

    Pergunto então: existe alguma outra porta para estabelecer contato verbal ? Qual a tua sugestão para esta fase adulta ?


    1. Olá Alvaro,

      Obrigada pela informação sobre seu sobrinho, e pelo seu engajamento de tio.

      Na verdade, os autistas não costumam falar muito, a não ser sobre seus próprios interesses. Use ste hiperfoco do seu sobrinho (a banda) para iniciar uma conversação. Sempre que ele responder alguma pergunta sua, elogie e diga que gosta muito quando ele fala com você.
      O fato de ficar à vontade com você significa muito!

      Abraços,
      Fatima

  5. Icla suelem

    Olá Fátima.Estou com encaminhamento do meu filho de 7 anos para neuro com 2 suspeitas…altas habilidades e autismo.A principio eu como mãe descartava o autismo,mas lendo identifiquei algumas coisas peculiares.
    O Ale com 6 meses apeesentou síndrome hemafocitica,teve todos os sintomas e problemas decorrentes,fez quimio que o resgatou.
    Mas de pequeno ele tinha o costume de ficar horas mexendo na etiqueta da cobertinha,ou passando o dedo na roda do carrinho para girar.
    Bem cedo identifica cores,formas,prefere a leitura que brincar no recreio por exemplo.E todos ficam surpresos com o vocabulário e como ele lê seguindo as regras.
    Tem obssessão por celular,mesmo que seja para mexer na configurações.
    Tem chorado muito na escola,pq quer ir para casa ficar comigo.E teve uma época que ficava em baixo da mesa gritando,chorando.Tb ficava agressivo.
    É um menino muuito afetivo,carinhoso,amoroso,não gosta nem que eu chame a atenção do irmãozinho de 10 meses…ele ainda é um bebê né mamãe.
    Expressa seu sentimento com demasia,algumas crianças não gostam do jeito dele,sai correndo para abraçar,mesmo já tendo conversado muito com ele.
    Essa semana a irmã de 10 anos falou que perguntaram na escola se ele é ” débil mental”…ficamos muito tristes.
    Estou preocupada,mas espero ter em breve um diagnóstico para poder aprender a como interagir no mundinho dele.


    1. Olá, Icla.

      Que lindo seu filho ser carinhoso, o que mais me chamou a atenção.
      Ele ainda é pequeno e com certeza o diagnóstico vai te dar meios para achar tratamentos que o façam desenvolver na parte em que precisa.
      Dê muito amor a ele e não se importe com esses comentários de que seja “débil mental”. O mundo é duro, mas por isso mesmo seja leve com ele. Seu filho não é o que outros pensam.

      Boa sorte.

      Abraços,
      Fatima

  6. Alessandra

    Tenho 4 filhos e o de 8 anos a escola pediu para procurar um especialista pois pela experiência delas ele tem algum tipo de transtorno sendo a desconfiança de ser autismo. Nós mães muitas vezes não queremos enxergar o q está em nossa frente e o q passamos no dia a dia q dão sinais de q alguma coisa não está indo normal. Ele é um menino muito amoroso. Carinhoso, mas se irrita c facilidade, tem muitas manias e as vezes psicoses. Não consegue se relacionar c os colegas de escola e na maior parte do dia c os irmãos tbm. Não conseguimos tratá-lo igual aos outros Pq ele faz coisas e diz coisas q não são de um menino da idade dele. Tem vocabulário perfeito, ortografia excelente é muito inteligente. Não olha nos olhos ao conversar… Mas tem coordenação motora. Espero chegar a um laudo e ter ajuda em como ajudá-lo e a família tbm saber como lidar c ele, Pq sozinha é muito difícil… Este post foi muito bom p mim.


    1. Olá Alessandra,

      Desculpe o atraso.

      Seu filho parece ter sinais de autismo, porém é importante obter um laudo para poder fazer um acompanhamento. Caso seja autismo, me parece ser o Asperger, que se caracteriza pela linguagem perfeita e inteligência média a alta. Você pode me dizer quando ele começou a falar, e se a fala sempre foi um pouco diferente dos irmãos? Mais pomposa, com palavras difíceis? Um jeito peculiar de falar?

      Grande abraço,
      Fatima

      1. Alessandra lima

        Olá Fátima! Obrigada por me responder! Muito feliz! Ele começou cedo a falar, não me recordo bem a idade certa, mas ele sempre teve a linguagem mais pomposa sim. Até hj é o q fala melhor.

  7. marcia

    meu filho foi diagnósticado com tid ,transtorno invasivo de desenvolvimento ,desculpe nao compreendi direito isso é o mesmo que autismo?ele nao fala ja vai dazer 4 anos mas ele se associa bem com os outros,muito inteligente ,tem algumas manias e nao aceuta comer comida ele e muito seletivo ,e muito difícil ,poderia me explicar de uma maneira mas fácil o que ele tem?é autismo?obrigada


    1. Oi Marcia,

      Desculpe o atraso.

      O TID é um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento não tem os três elementos necesários para detectar o autismo, mas somente dois. Os elementos são:
      A Comunicaçao, a Interação Social e os Movimentos Repetitivos. Seu filho tem dois destes, porem so’ quem deu o laudo pode identificar quais os deficits. Pelo jeito que você escreve, me parece que ele não tem problemas na Interação Social. O tratamento deve ser direcionado para a Comunicação e o comportamento em geral.

      Beijos,
      Fatima


  8. Gostei bastante do seu texto, sou um jovem adulto diagnosticado como AAF, que foi descoberto apenas no início da minha fase adulta, com 18 anos de idade. Sempre busquei profissionais para entender o que eu tinha, desde os meus 8 anos de idade frequento psicólogas, infelizmente nenhuma delas pode identificar o autismo, somente mais recentemente com um psiquiatra especializado no assunto, Dr. Caio Abujadi. Ele inclusive me ajudou muito com a minha dificuldade em olhar nos olhos, falando para meus pais e minha irmã de sangue que isso não iria mudar e que era melhor me aceitar como sou, pois meu pai sempre brigou comigo e tentou extinguir esse comportamento, o que tornou ainda mais difícil para mim olhar nos olhos dele especificamente. Perdi as contas de quantas vezes eu escutei ”olha pra mim quando eu estiver falando com você!” 🙁 Era muito ruim. Eu estava prestando atenção, ou tentando pelo menos, mas olhar nos olhos pra mim era muito complicado. Na escola, professores me davam anotações de desinteresse e diziam que eu não estava prestando atenção na aula, por não estar olhando para o professor.

    Achei interessante a parte que você fala que autistas geralmente não mudam o comportamento na presença de outras pessoas, inclusive, eu achava que isso era falsidade! Acabei de descobrir que não é, e estou bem chocado. Eu realmente não gosto de ambientes com muitos estímulos e mudanças na minha rotina me causam muito mal. Eu não me sinto a vontade com abraçar, beijar e tocar em pessoas que eu não conheço muito bem ou não gosto, ou até mesmo com pessoas que amo quando estou me sentindo muito sobrecarregado esses toques podem ser péssimos.

    Tenho bastante dificuldade de entender ironias, e sempre acho que a pessoa está falando sério, esse final de semana fui acampar com meu primo de 13 anos, ele era irônico o tempo todo e eu não estava entendendo nada, mesmo assim foi bem engraçado e divertido. Fico muito nervoso quando tenho que iniciar um diálogo com alguém ou lá pelas tantas quando tenho que manter um diálogo acontecendo, e por vezes ajo de uma maneira bem awkward. Quando eu era criança, até os meus 12 anos, minha brincadeira favorita era brincar de engarrafamento com meus vários carrinhos da hotweels, podia ficar por horas alinhando-os. Era divertido. Nunca vi nenhuma outra criança brincar dessa forma, geralmente elas gostam de pegar um carrinho só e sair correndo por aí com ele, eu ficava sentadinho, quietinho no meu canto, brincando de engarrafamento. Quando eu era mais novo, até os meus 11 anos, eu tinha ataques de fúria e batia nas paredes, minha irmã sempre ficava com muita raiva de mim, brigava, dizia que eu estava fazendo barulho a toa e que eu deveria me envergonhar de ser tão imaturo. Eu ficava muito chateado, era horrível. 🙁 Já era ruim ter um meltdown, ainda mais com alguém dizendo pra você que você é ridículo por estar tendo uma crise de autismo.
    Realmente os autistas parecem (e são) resistentes à dor porque as vezes muitos sentidos estão sendo estimulados ao mesmo tempo e fica difícil para nós lidar com tanta informação, então durante esse processo podemos nos machucar feio e não perceber, porque nosso cérebro está muito ocupado com outros estímulos que estão sendo percebidos com mais intensidade naquele mesmo momento.
    Eu sempre balanço a caneta entre os dedos, isso me ajuda a prestar atenção na aula.
    Tenho muita dificuldade, até os dias atuais, de olhar para o rosto de alguém e saber o que a pessoa está sentindo… Se ela não verbalizar de forma bastante lúdica, fica impossível pra mim… Vocês neurotípicos parecem ter uma bola de cristal!! Além de ser autista, também sou um homem trans e compartilho minhas vivências no meu tumblr, onde em breve pretendo começar a postar também sobre autismo.


    1. Oi Saulo, que depoimento bacana! Obrigada!
      Como você deve ter percebido pelos meus textos, eu acho a mente autista fascinante. Não vejo nada do que vocês fazem ou dizem como “defeito”, mas como uma expressão da sua natureza autista (diferente da neurotípica).
      Vejo muita coisa em comum como meu filho e percebo que você também superou muitas dificuldades. Parabéns!
      Vou procurar seu projeto e seguir o que você faz.
      Um grande abraço,
      Fatima

  9. Izabella do Vale

    Ola!!eu sou Izabella,sou Asperger,pelo menos fui diagnosticada.
    Eu me sinto inteligente,estudo médicina.
    Mais tenho que estudar um semestre sim e outro não,pq é como se tivesse que descansar minha mente,que parece que sobrecarrega fácil.
    Eu me irrito fácil
    Fico nervosa com frequência
    Minha cabeça explode de sensações todo tempo.
    Não sei descrever na verdade o que sinto.
    Sinto que me irrito com tudo.
    Não sei como me portar diante das pessoas.
    As vezes sinto que me acelero quando converso.
    E sinto que as pessoas me olham diferente.
    Passo todo tempo tentando controlar esse turbilhão de emoções que sinto.
    Mais quando chego em casa preciso descarregar.
    Não gosto de exargeros,que pessoas façam ruidos fortes.
    Mais quase sempre tenho um grito na garganta,pronto pra sair.
    Não olho nos olhos,mais adoroo as cores.
    Não gosto de multidão,nem de muita conversa.
    Não deixo ninguém entrar em meu mundo.
    Passo muito tempo parada olhando pro tempo.
    Como se não penssasse em nada,mais penssasse em tudo ao mesmo tempo.
    Não entendo minha mente.
    Fui diagnosticada depois de adulta,pq até então,minha familiaa pensava q eu tinha sido uma criança nervosa e hiperativa.
    Não sei descrever melhor o que sinto,na verdd na maioria das vezes nem sei o que sinto.
    Médico disse q os Aspergers tem problemas de fala.
    Minha única dificuldade,e que minha mãe dizia q eu era gaga,pq repetia muito as palavras.
    Mais somente isso nada mais.
    Não gosto de ir a clínica,todo mundo me dá pressão pra que me cuide.
    Sou adulta,e não gosto que me mandem.
    Acho q só preciso entender melhor os meus impulsos e ficarei bem.
    Não gosto que pensem que sou problemática,por isso prefiro ficar só.
    Gosto de desenhos e sou bailarina clássica.
    Tenho dois filhos lindos,mais não quero afetar eles com isso,pq minha filha me. Olha como se ela fosse a mãe.
    Parece que todo mundo me olha com pena.
    Como se eu fosse uma criança.
    Bem, acho q é isso, obrigado!!


    1. Oi Izabella,
      Obrigada pelo seu recado. Poxa, achei muito bacana a sua descrição! Você me parece uma pessoa incrível e com bastante auto conhecimento – muito importante para conviver com os neurotípicos.
      Você é adulta e ninguém pode mandar em você ou dizer o que é certo ou errado. Vale a pena, sim, ouvir as pessoas que te amam, pois elas devem querer mesmo o melhor para você. Meu filho é autista adulto e tem uma personalidade forte. No entanto, ele acredta tanto em mim e no meu amor por ele, que concorda quando eu lhe dou umas dicas. Ele sempre sabe que é para ele se sentir melhor ou mais feliz :))

      Muito obrigada por ter deixado este depoimento tão bonito.
      Beijos,
      Fatima

    2. Thiago

      Bom dia. Foi muito bom pra mim, ler o seu texto. Vejo muito do meu filho em vc. Obrigado por compartilhar um pouco da sua vida conosco.

  10. Lorena kevilin de Andrade

    Descobrir repentinamente o diagnostico do meu filho proucura saber sobre autismo para ajudá ele cada dia mais tem 3 anos e faço o que posso para ver ele feliz .Amei o texto

  11. Ellen Christine Medeiros

    Muito bom esse artigo. Tenho uma filha com 36 anos nasceu de parto normal, se desenvolveu fisicamente normal, porém nunca falou, a princípio foi diagnosticada como autista, depois foi descartada. Atualmente estou fazendo exames genéticos para chegar a um diagnóstico. E muito inteligente, porém não foi alfabetizada, se comunica por gestos e associação. Se irrita com muita facilidade, não gosta que olhem, a toquem. Se irrita até com os animais domésticos por os mesmos as vezes sujarem a casa. Tem um domínio sobre todos na casa quer fazer tudo. O que mais nos incomoda são os movimentos repetitivos ou tocs. Se acendo uma luz tenho que apagar para ela acender com o meu comando e dessa forma é com tudo: Geladeira, armários, portas etc. Tem um comportamento cansativo. Tem dificuldade de se relacionar até com as irmãs. Sempre se irrita com tudo. Ela quer ser útil no entanto não aceita que lhe ensinamos algo. Faz comida como fritar ovos, faz café, arroz, miojo. Não aceita ajuda de ninguém, só minha, quer fazer tudo sozinha, como tirar as compras do carro lavar os pratos não varre a casa pois diz que a vassoura machuca a mão, enfim, não gosta de ir a escola por ser mal compreendida, Por não falar isso a deixa muito irritada.Ontem foi o seu aniversário mas fica muito ansiosa com festas e acaba por ser ruim para ela qualquer festividade. E muito vaidosa, muito limpa.Nao se contenta em receber apenas um anel e sim pulceira e colar. Sempre quer vestir roupa nova com sutiã e calcinha nova também. E muito exigente perfeccionistas, têm sempre que seguir as sequências como cortar as unhas serrar e passar a base para pintar se alterar a ordem ela não aceita. Se lembra da primeira casa em que moramos. Lembra de tudo. Isso é como descrevo ela.Comigo sempre muito carinhosa, porém não aceita ser contrariada ou receber um NÃO. Conviver com ela, é viver só o hoje não podendo fazer planos ou seguir um calendário, tudo gira em torno dela. Hoje ela tá mais calma após o falecimento da minha mãe há 5 anos, ela ficou sem opções sem o apoio dela se tornou mais contida. Ela sabe exatamente de tudo a sequência da semana na sexta pelo globo repórter ela sabe que no dia seguinte vai a praia. Sabe quando é o São João, Natal , Carnaval etc.As festas a deixam feliz, porém muito ansiosa, atrapalhado a diversão estragando a alegria. Fora ela, tenho uma filha mais velha, irmãs legítimas, e mais duas de 15 e 20 anos que convivem com ela , então não foi e nao tem sido fácil conciliar e conduzir essas filhas sozinha. Ela minha filha, nao aceita ninguem em nossa casa para trabalhar entao me sinto sobrecarregada ( não
    sei se a mesma foi vitima de maus tratos) e isso a faz rejeitar pessoas no nosso convivio. Segue o meu desabafo como mãe em uma sociedade despreparada para acolher uma pessoa com necessidades especias sendo regeitada por todos e acolhida por poucos.


    1. Olá Ellen,
      Desculpe a demora no retorno.
      Eu li sua história com o coração na mão. Entendo totalmente como deve ser complicado para você e filhas.
      Tudo o que você descreveu, me faz pensar em autismo, sim. Claro que somente um diagnóstico em clínica é válido. Tenho receio do médico em questão ter-se enganado. As descrições da sua filha compõe o perfil de um autista. Se você conseguir o diagnóstico, pode conseguir tratamento. Nada está perdido. Vai ser mais demorado, mas sua filha pode aprender a esperar e a aceitar “não”. Procure por um outro especialista em autismo que possa dar o diagnóstico e te encaminhar.
      Muito sucesso.
      Bjs,
      Fatima

  12. Élida Nubya

    Crio meu neto João Victor que é autista, amo o João não sei viver sem ele é carinhoso beijoqueiro e inteligente está fazendo a intervenção precoce começou aos 3 anos e hoje com 5 está muito bem e nos dando muitas alegrias.


    1. Olá Élida,
      Que maravilha! Fico muito feliz em saber do seu amor pelo netinho e dos progressos dele.
      Obrigada por compartilhar comigo.
      Beijinhos,
      Fatima